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Tuesday, December 12, 2006

' MENAGE Á TROIS '









Reality Magazine - Edição 01, Dezembro/2003
textos alfredo sternheim


A vez do " MENAGE Á TROIS" no cinema. Apesar da evolução dos costumes no século XX, o sexo a três nem sempre ganhou do cinema a atenção que merece. Mas, existem algumas criações a respeito...


Popularizado pela denominação francesa ‘ménage a trois’, o sexo simultâneo entre três pessoas sempre foi um desejo, algo freqüente entre os homens das mais diversas origens e, em menor escala, também entre as mulheres menos reprimidas quanto aos prazeres do corpo. Mesmo assim, essa modalidade que, de uma maneira ou de outra, quase sempre acaba impelindo para alguns atos bissexuais, raramente obteve o merecido destaque no cinema (exceto no pornô). Para tal tendência ganhar registro – mesmo velado – nos filmes com histórias, foram necessários muitos anos. A demora não deve ser atribuída a uma eventual falta de vontade dos cineastas, e muito menos a Hollywood. No subúrbio de Los Angeles, onde a Sétima Arte passou a ser feita em escala industrial a partir dos primeiros anos do século XX, a população em seus primórdios jamais repudiou essa prática. Muito pelo contrário. Naquele rincão da Califórnia rolava de tudo, e até com uma certa franqueza. Apenas existia o temor ao escândalo. Principalmente depois que Chico Boia (como era conhecido no Brasil o comediante Fatty Arbucle) viu sua carreira destruída após a morte de uma das duas garotas com quem ele transava em um quarto de hotel. Uma das versões apontava drogas e bebidas em demasia.



Erich Von Strohein em A Marcha Nupcial



Erich Von Strohein em A Marcha Nupcial Mesmo assim, o menáge a trois acabou tendo vez no cinema mudo em filmes que ousaram insinuar essa possibilidade, como o épico Intolerância*, feito por D.W. Griffith em 1916 e que expunha de forma alternada quatro situações em diversas épocas. Uma delas se passava no reino da Babilônia, com um monarca voltando-se para duas mulheres da forma mais libidinosa possível. Posteriormente, surgiram em Hollywood diretores vindos da Europa trazendo uma visão mais libertina no que se refere aos desejos da carne. E alguns deles, apesar das barreiras impostas pelas empresas produtoras, ousaram colocar na tela situações eróticas nada convencionais. Caso de Erich Von Stroheim (1885-1957), que chegou no cinema americano precedido da fama de nobre da corte de Viena. Tudo isso, depois, ficou evidente ser mentira. Mas, com o seu porte de oficial prussiano logo se empregou nos estúdios como ator e assistente, depois como diretor. Nessa área, fez realizações onde havia espaço para depravados e fetichistas. Até mesmo quando lhe encomendaram uma versão da suave opereta A Viúva Alegre em 1925, ele colocou em cena um nobre que se excitava com sapatos femininos. Mas o mais forte surgiu em Marcha Nupcial, superprodução que, apesar do título lírico, oferecia orgias e o próprio Stroheim aos abraços e beijos com duas mulheres voluptuosas ao mesmo tempo. A sua exibição foi proibida nos Estados Unidos, mas o cineasta ganhou prestígio lá mesmo a ponto da estrela Gloria Swanson (então amante do milionário e político Joseph Kennedy, pai de John Kennedy) conseguir financiamento para que o devasso cineasta fizesse em 1928 Queen Kelly. Na história extraída de um livro de Sacher-Masoch (justo quem), Gloria era a louca rainha de um país imaginário. Na narrativa, cenas de um príncipe com duas mulheres e outras com orgias. A carreira de Stroheim como diretor terminou aí. Ele prosseguiu mas só como ator.





Hiram Keller, Hylette Adolphe e Martin Potter em Satyricon



Hiram Keller, Hylette Adolphe e Martin Potter em Satyricon Porém, o filme deu o que falar e a conseqüência maior para Hollywood veio logo depois, em 1930, com o código Hays. Nesse rigoroso acordo ético que leva o sobrenome de seu primeiro executor, e feito entre os produtores cinematográficos e as lideranças conservadoras dos Estados Unidos, ficou estabelecido que nenhum estúdio iria permitir a abordagem e a encenação de vários temas e situações, quase todos ligados ao sexo. Como, por exemplo, o ménage a trois. Começava para o cinema americano um longo período de obscurantismo. A vez de Gilda É verdade que muita gente tentou burlar essas normas, mas tudo ficava no terreno da sugestão. Gilda*, por exemplo, foi divulgado com imagens sugerindo que a personagem-título, vivida pela bela Rita Hayworth, entregava-se a dois homens ao mesmo tempo. Na realidade, o ousado filme dirigido em 1946 pelo húngaro Charles Vidor mostrava um estranho triângulo formado por Gilda, pelo rico marido Ballin (George McReady) e pelo amigo dele, o pobretão Johnny (Glenn Ford), também objeto de desejo de Ballin. Um buxixo e tanto para a época, mas um sucesso. Porém, não se podia ir com muita sede ao pote. A repressão moralista ou pseudomoralista ainda era forte em inúmeros países. Mesmo assim, nos anos 50 o desejo da mulher por dois homens ao mesmo tempo adquiriu certa nobreza no cinema a partir dos filmes de Ingmar Bergman. Em Monica e o Desejo*, o naturalismo que sempre existiu nas artes suecas possibilitou imagens de nudez e sensualidade, mostrando a jovem protagonista trocando o apaixonado namorado por uma transa com dois rapazes que mal conhecia. Em vez do escândalo, essa situação acirrou a consagração internacional do cineasta. Daquela época em diante, a evolução dos costumes na sociedade ocidental tornou-se mais rápida, e alguns diretores famosos perceberam que pitadas de erotismo não perturbavam a respeitabilidade. O francês François Truffaut, por exemplo, brilhou quando fez Jules e Jim – Uma Mulher para Dois* em 1962. Um triângulo exposto com ternura, no qual Jeanne Moreau como a desejada Catherine na França de 1914, mostra graça e sensualidade na administração desse “affaire” com dois amigos, perturbado pela Primeira Guerra Mundial. A “nouvelle vague” – o movimento ao qual Truffaut pertencia – tratou também do tema em outros filmes, mas não fez disso o carro-chefe. Havia entre esses realizadores a preocupação de evitar o erotismo evidente.






Jeanne Moreau e Oskar Werner em Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois



Jeanne Moreau e Oskar Werner em Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois Já Federico Fellini, pelo contrário, escancarou nessa área que não era o seu forte quando estava no auge da consagração. Ele negou ter buscado o sucesso rápido quando realizou Satyricon* em 1969, tendo por base um livro de Petrônio. Mas, nessa longa jornada de dois rapazes pela Roma do século I d.C e que, no início, estão apaixonados por um efebo, não faltam bacanais e várias cenas em que os heróis partilham de uma mesma mulher. Com sua peculiar exuberIancia cIencica, o cineasta italiano deu verdade à esses momentos. Diante da franqueza e do sucesso das criações européias, ainda nos anos 60 o cinema americano começou a se movimentar quanto ao registro do sexo a três. Timidamente os realizadores puseram as manguinhas de fora. Às vezes de forma sensacionalista, como Vale das Bonecas que mostrava drogas e sexo como elementos para alavancar carreiras em Hollywood. Ou então em modestas criações como Apenas uma Mulher, adaptada de um conto de D. H. Lawrence (de O Amante de Lady Chaterley), em que um rapaz perturba o intenso amor de duas garotas e ainda Henry & June*, que expõe com cenas consideradas escândalosas o franco relacionamento entre o polêmico escritor Henry Miller, a mulher June e a amante Anais, também escritora.




Sônia Braga entre Mauro Mendonça e José Wilker em Dona Flor e Seus Dois Maridos




Sônia Braga entre Mauro Mendonça e José Wilker em Dona Flor e Seus Dois Maridos Já o Brasil, apesar de enfrentar nos anos 60 e 70 a repressão da ditadura militar, não deixou de abordar o assunto em alguns de seus filmes. Como Noite Vazia*, de Walter Hugo Khouri, em que dois homens contratam os serviços de duas prostitutas interpretadas por Norma Bengell e Odete Lara. Um deles transa com as duas ao mesmo tempo. Essa situação passou a ser freqüente nas inúmeras comédias maliciosas que se faziam e que hoje são rotuladas de pornochan-chadas. Nessa inconseqüência, um grande sucesso foi Quando as Mulheres Paqueram, cujo título inicial era Assim nem a Cama Agüenta, vetado pela censura militar. Uma relação de dois homens e uma mulher que ainda passava por momentos de sexo inter-racial. Porém, a cena mais expressiva nesse sentido veio de Dona Flor e seus Dois Maridos*, com Sônia Braga entre o marido falecido (José Wilker) e o sucessor (Mauro Mendonça). Apesar do caráter fantasmagórico da trama extraída do livro de Jorge Amado, essa foi a prova definitiva que o menáge a trois tem aceitação popular. Em 2003 a campanha de uma famosa marca de roupas trazia essa imagem. Será que em 2004 a publicidade vai ser invadida pelo ménage a trois, a quatre?...
* Disponível em vídeo e/ ou DVD
O Outro Lado do Pudor







Marion Davies, Charles Chaplin e o diretor Thomas Ince.






Marion Davies, Charles Chaplin e o diretor Thomas Ince.
Nos seus primórdios, Hollywood fazia filmes com pudor maior do que existe hoje. Qualquer sinal de libertinagem era reprimido. Na tela, porque na vida real muitas de suas celebridades levavam uma vida sexual intensa e fora dos padrões convencionais. Mas havia cuidado para evitar o escândalo, mesmo quando algumas dessas situações fugiam ao controle de seus participantes. Caso daquela que em novembro de 1924 envolveu a atriz Marion Davies, Charles Chaplin e o diretor Thomas Ince, que morreu na ocasião. Marion era amante de William Randolph Hearst, o magnata da imprensa americana que foi retratado no clássico “Cidadão Kane”. Em um cruzeiro festivo em seu iate Oneida, ele flagrou a moça nos braços de Chaplin. Imediatamente pegou um revolver e atirou. Mas a bala destinada ao ator atingiu Ince, que estava ao lado. Fazendo o quê? Isso nunca ficou claro, e a morte daquele diretor de westerns foi abafada. A única testemunha do crime, uma amiga de Marion que tentava ser roteirista, ganhou emprego de Hearst: correspondente de todos os seus jornais em Hollywood. Seu nome: Louella Parsons. Nesse cargo, ela se tornou uma fofoqueira poderosa e temida durante décadas. Outros méganes a trois ocorreram na capital do cinema. Mas, o mais recente a ganhar notoriedade remonta à morte de Natalie Wood em novembro de 1981. Há pouco surgiu uma versão para a sua queda fatal no mar, quando, alcoolizada, saiu de seu iate em um ancoradouro à noite para ir ao encontro do marido Robert Wagner e do amigo, o também ator Christopher Walken. Parece que existia um triângulo amoroso e que a atriz se irritou ao perceber que o interesse mútuo entre os dois atores era maior que tudo. Será? – AS


MENAGE Á TROIS: SITES DE BUSCA



http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9nage_%C3%A0_trois

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